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9 jogos com representatividade LGBTQIA+

  • Foto do escritor: Ariadne Aquino
    Ariadne Aquino
  • 1 de jun. de 2021
  • 4 min de leitura

Atualizado: 13 de nov. de 2024

Publicado no site NSV - Mundo Geek em 01 de junho de 2021


Dia primeiro de junho, primeiro dia do mês do Orgulho LGBTQIA+! O Dia do Orgulho é em 28 de junho, em referência à Rebelião de Stonewall (EUA), quando uma série de manifestações violentas e espontâneas de membros da comunidade LGBT ocorreu em resposta a uma invasão da polícia de Nova York ao bar Stonewall Inn. No entanto, a celebração e visibilidade tradicionalmente se estendem ao longo do mês.


Se você se pergunta o porquê: é tudo sobre se valorizar. Um mês de orgulho pode trazer força e esperança para quem se sente isolado nos outros 11 meses do ano. São 30 dias em que uma comunidade de apoiadores se dedica a nos trazer ânimo e acolhimento sobre quem somos. Quatro semanas para imaginarmos uma vida de aceitação e livre de medo (ou, ao menos, uma semana, se possível).


Para mim, a representatividade transmite um pouco dessa sensação: a de que há mais gente comigo ou que já viveu ou poderia viver aventuras dignas de games. Aos poucos, vamos conquistando mais voz e espaço. Cada vitória é comemorada como uma Copa do Mundo.


Sim, ainda estamos caminhando, mas é possível encontrar conteúdo emocionante e de qualidade. Se você veio aqui pela lista de jogos com representatividade LGBTQIA+, siga o arco-íris!


1 — Life Is Strange



Primeiramente, não se pode falar em representatividade sem citar um dos maiores sucessos da última década. Life Is Strange é uma emocionante franquia e um exemplo de como a representatividade pode tocar a todos. O primeiro jogo, além de ser uma rara história sobre jovens mulheres, também é uma descoberta sobre a sexualidade.


A franquia manteve a premissa de dar opções de romance homoafetivo em seu segundo título e promete manter a inclusão LGBTQIA+ em seu terceiro volume, True Colors (com esse nome, seria um pecado não ter).


2 — Gone Home



Gone Home é um jogo de exploração em primeira pessoa. Você chega em casa depois de um ano no exterior, mas a casa está vazia. Onde está sua família? O que aconteceu?

Um dos jogos narrativos mais bonitos que já joguei — especialmente porque o experimentei sem saber que incluía a história de um romance sáfico.


3 — Dragon Age: Inquisition



Dragon Age: Inquisition não só promove a diversidade em seus personagens e possibilidades amorosas, mas também busca educar o público sobre como lidar com as diferenças através das histórias e diálogos — especialmente nas interações com Krem, um mercenário transgênero.


4 — Bully



Seção nostalgia! No controverso jogo que provavelmente seria cancelado se lançado nos dias de hoje (mas que muita gente amou jogar), vivemos a pele de Jimmy Hopkins, um aluno do ensino médio buscando descobrir a si mesmo e o seu lugar. Além de causar muita desordem, Jimmy também era um galanteador e podia ficar tanto com meninas quanto com meninos. Aliás, a Rockstar Games incluiu a conquista “Over the Rainbow” ao jogo, que é concluída ao beijar 20 meninos.


5 — The Last of Us



Um pouco de spoiler, mas quem não ficou sabendo certamente estava em uma caverna. Seguindo o sucesso do primeiro título, The Last of Us 2 é considerado o jogo mais premiado da história e conta com a representatividade lésbica através de Ellie, protagonista da saga.


6 — Assassin’s Creed: Odyssey



Apesar das controvérsias no título grego da Ubisoft — incluindo uma polêmica DLC — ao longo da história é possível tomar decisões relacionadas à sexualidade dos personagens jogáveis (Kassandra e Alexios). Eventualmente, o personagem escolhido será abordado por diversos interesses românticos, e são as escolhas do jogador que definem a orientação sexual do personagem.


7 — Stardew Valley



RPG da vida no campo, a diversidade em Stardew Valley é simples, como deveria ser a vida: normal. O game deixa em aberto todas as opções de personagens casáveis, independentemente do gênero do personagem, sem nada interferir na narrativa, nas falas ou interações. Do mesmo modo, outros jogos seguem esse modelo de simples representatividade: Skyrim, The Sims, Fallout, Fable, dentre outros.


8 — Overwatch



Em 2015, a Blizzard anunciou que diversos personagens em Overwatch são LGBTQIA+. O vencedor do jogo do ano de 2016 apresentou Emily na HQ Reflexos, namorada da personagem Tracer. Da mesma forma, em 2019 foi a vez do Soldado 76 ser revelado como gay. Na HQ Bastet conhecemos um antigo amor do herói, Vincent.


Aliás, eu era main Tracer antes de saber sobre isso. Representatividade importa até para o subconsciente.


9 — Apex: Legends



No Battle Royale da Electronic Arts, dois dos personagens promovem a diversidade LGBTQIA+, de acordo com suas biografias: Gibraltar, a fortaleza blindada, um homem homossexual, e Bloodhound, a rastreadora tecnológica, que se identifica como não-binário.


Histórias LGBTQIA+


Antes de tudo, games são histórias que se baseiam na dinâmica e imaginário humano. Inserir e dar protagonismo a personagens LGBTQIA+ é representar a vida como ela é, fomentando a inclusão e o respeito ao próximo.


Entretanto, há quem vire o rosto para a diversidade alegando ser “jogada de marketing”. Spoiler: vivemos em uma sociedade capitalista. Tudo é marketing. A minha representatividade foi feita para vender, mas e a sua? Também não é? O propósito do entretenimento não é vender/convencer sobre uma narrativa, seja lá sobre o que for?

Finalmente: não, jogar com uma personagem trans não vai matar nem “influenciar” ninguém. A proporção que essas representatividades tomam é grande por sua natureza — afinal, se fosse proporcional à vida real, não haveria tanta comoção sobre nossas pequenas conquistas.


Sendo assim, seguiremos comemorando e dando visibilidade para cada representação, para cada personagem e para cada história. Sim, nós existimos e temos orgulho disso!

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